Comunidade Terapêutica para tratamento intensivo de dependentes químicas adultas do sexo feminino. Tem capacidade para 40 pacientes.
O Lar Madre Paulina nasceu do questionamento de uma mulher a Frei Francisco Belotti, fundador e presidente nato da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus. Na época, a entidade administrava apenas casas masculinas de recuperação. Sensibilizado pelo sofrimento da mulher, o religioso decidiu abrir uma comunidade terapêutica feminina. O trabalho começou em Jaci, no Lar Santa Clara, e foi transferido para Santa Fé do Sul, em 9 de julho de 2002.
O tratamento de adolescentes do sexo feminino para desintoxicação e recuperação é um trabalho pioneiro e bastante complexo. Dotadas de uma capacidade de amar mais latente que os homens, as mulheres sentem mais do que eles as conseqüências da dependência. As pacientes chegam à comunidade com a estrutura psíquica bastante comprometida, com auto-estima muito baixa, forte crise de identidade, vínculos familiares rompidos, pouca ou nenhuma noção de disciplina e falta de perspectiva para o futuro.
A internação proporciona, em todas as atividades diárias, uma facilitação para que aconteça na educanda um encontro consigo, com o outro, com Deus e com o mundo. O convívio com as outras internas e equipe de trabalho, além das atividades pedagógicas, artísticas e laborais, levam o paciente a valorizar a vida, seus projetos, a família e o trabalho.
O tratamento se dá em regime de internação e é realizado por equipe multidisciplinar, formada por médicos, psicólogos, enfermeiros, assistente social, educador físico e monitores, além dos religiosos, que ajudam na coordenação da comunidade e são responsáveis pela espiritualidade.
Para ser acolhida, é preciso primeiro passar em um dos quatro Ambulatórios de Álcool e Outras Drogas mantidos pela Associação para avaliação e diagnóstico. Se o caso for para internação, o paciente será encaminhado para uma das nove casas de recuperação da entidade, de acordo com a disponibilidade de vagas.