Associação
Fraternidade

Fraternidade /

Artigos

25/03/2017
De iluminado á Iluminador
Contemplação 4° Domingo da Quaresma
Estava eu perdido em meio aos meus anseios, na escuridão costumeira de minha pobre vida, sei que era alguém que segundo as pessoas me julgavam não ter direito de estar no meio, sempre era tratado com rispidez, sempre era jogado de lado, andava me esbarrando nas barreiras da periferias existenciais.

               Mas um dia minha vida tomou um sentido novo, tive uma oportunidade que jamais pensaria que isso seria capaz de acontecer. Estava eu lá como de costume no cantinho da humilhação, da mendicância, pedindo ajuda, o mínimo um pão duro um pouco de água, pois sei que Amor, atenção não adiantava esperar, pois nunca ganharia.

               Quando de longe com meus ouvidos atentos percebi que vinham em minha direção, parecia uma conversa, entre perguntas e resposta, não conseguia entender muito bem mas me parecia que perguntavam, e dava a entender que era sobre minha pessoa: «Mestre, quem foi que pecou, para que ele nascesse cego? Foi ele ou seus pais?»  Quando ouvi isso me fechei tirei meu manto e me cobri, pensando lá vem mais uma vez, os maltratados como se tivesse culpa de ser assim, e eu que nem me atrevia a questionar o altíssimo sobre isso, só quero paz, mas lá vem de novo a cobrança o preconceito, confesso que meus olhos se encheram de lagrimas, minhas mãos ficaram frias, pois tiveras outras experiências assim. Foi quando recolhido no meu medo, eu ouvi uma voz que respondia tal pergunta: “Não foi ele que pecou, nem seus pais, mas ele é cego para que nele se manifestem as obras de Deus. Nós temos que realizar as obras daquele que me enviou, enquanto é dia. Está chegando a noite, e ninguém poderá trabalhar. Enquanto estou no mundo, eu sou a luz do mundo. »

               Meu coração disparou nunca tinha ouvido algo tão profundo, nunca tinha ouvido aquela voz, fui tomado por um estado novo de espirito, foi quando em meio a tudo isso, fui tocado nos ombros, não tive medo estendi minhas pobres e frágeis mãos, fui ajudado a levantar, era um silencio diferente, não era a indiferença acostumada que já vivenciará várias vezes.

               Em um gesto diferente, senti que ele me passou algo nos olhos, me parecia lama, muito esquisito, mas não pude deixar, pois o respeito com que era tratado me deixava atônito, foi quando a quebra do silêncio e diz: Vá se lavar na piscina de Siloé. Não tinha escolha, algo me impulsionava a ir lavar os meus olhos na aguas sagrada de Siloé, fui e pela primeira vez alguém me ajudou, a chegar até lá. Minhas mãos tremiam pois não saiam da minha mente e do meu coração as palavras dele, foi quando eu como um gesto sagrado me baixei peguei a água para lavar meus olhos, conforme ia tirando aquele barro, meus olhos eram invadidos por uma luz, que ia se alastrando, as coisas iam tomando formas, não pude conter as lagrimas, lembrara da palavra de um salmo do Rei Davi: O senhor olhou para mim.

               No caminho de casa eu pulava gritava, não conseguis esconder minha alegria, eu tinha encontrado a Salvação, a verdadeira luz, me questionavam não era ele o Cego, eu dizia disseste bem Era, não sou mais, recebi a graça a benção do Altíssimo.

               Fui questionado pelas autoridades religiosas da época, não pude e não quis esconder quem tinha me devolvido a luz, que havia perdido, a oportunidade, de ver a verdade, não me aceitaram de novo, fui expulso mais uma vez, como já estava acostumado, não ligava o importante que algo novo tinha acontecido. Eu não sabia quem ele era eu o procurava, ao menos para cair aos teus pês e proclamar Rabi, mestre.

               Foi quando numa tarde vi um homem se aproximando conversando com um grupo, meu coração se encheu de expectativa, era algo parecido com aquele dia, foi quando ele me disse: Você acredita no Filho do Homem?  Eu respondi prontamente: «Quem é ele, Senhor, para que eu acredite nele? » Ele me respondeu: Você o está vendo; é aquele que está falando com você. » Nesse momento tudo se iluminou de novo, era a mesma sensação quando meus pobres olhos deixaram a escuridão, Ele retornara viera ao meu encontro era necessário terminar o que começaste, foi quando eu cai de joelhos em lagrimas de gratidão: Eu acredito, Senhor.

Nunca mais o deixei continuei seguindo e para quem podia eu anunciava ao seu nome, e pude perceber que a maior cegueira que ele me curaste, não foi as dos olhos, mas foi da alma e do coração, pois nunca mais minha vida foi igual, hoje também quero gritar a todos: Ele irá nos iluminar e nós nos tornaremos iluminadores.

Um forte abraço.

Frei Joel Souza, fnpd

 

 

 

Veja também

Rádio Online

Facebook

Endereço

Rodovia Vicinal João Joaquim Telles Filho, Km 3
CEP 15155-000 - Zona Rural - Jaci - São Paulo - Brasil

Telefone/Fax

17 3283-9070
17 3283-9090

Redes Sociais

YouTube Facebook Twitter
© Todos os direitos reservados
por Diginova - Sites e Sistemas