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23/07/2017
Onde uma Escuridão se Iluminou
Contemplação de Madalena
Me lembro como se fosse hoje creio que aqueles dias sombrios foram os piores dias da minha vida, nem quando eu estava sem Esperança, no vale do desamor minha alma tinha sentido tanta desolação, mas mesmo assim tentava eu em minha pequenez ao lado Dela, a mulher escolhida a mãe do Senhor, ao menos como um bálsamo, aliviar dor maior que Ela estava sentindo. Nós não falávamos nada nossa alma, se mantinha num silencio sagrado, pois sabíamos como uma pequena chama em meio a escuridão da Noite, pode fazer toda diferença algo nos fortalecia para mesmo no sofrimento permanecer na Esperança.

               Foi quando decidi de ir bem na madrugada, já que era assim que me encontrava na penumbra de uma verdadeira noite escura, duvida e dor de sua ausência, mas precisava cuidar daquele que cuidou de tantos. Nesse caminho as escondidas na escuridão ia me confrontando com tamanha oportunidade que Ele tinha feito na minha vida, na minha história, Ele me amou como uma pessoa, aceitou minhas inúmeras debilidades e fraquezas humanas, me tirou do chão num momento crucial num julgamento sem a possibilidade de ao menos dizer algo, não que queira me justificar pois nunca tive medo de assumir minha fraqueza e pequenez.

               Foi quando ao chegar perto do tumulo meu coração se acelerou eu vi a pedra fora do lugar, confesso que minhas pernas ficaram paradas, perdi a noção de tempo por um instante, sai correndo derrubei todo perfume no chão e sobre minhas mãos, e fui avisar Pedro e demais irmãos: "Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram".

               E assim em lagrimas profundas e lamentações fixei por um momento meus olhos para dentro do Tumulo e vi dois homens vestido de branco, que me perguntaram:

"Mulher, por que choras?" Respondi entre lagrimas: "Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram".

               Foi quando movida por uma força maior olhei para trás e vi um homem que também me perguntou porque choravas, eu disse tiraram meu Senhor, eu perguntei ao mesmo se ele tinha visto eu iria busca-lo, não me preocupava a distância o sacrifício, pois Ele tinha se feito sacrifício por mim, e nada que fizesse seria tão sublime, para pagar tamanha graça.

               De repente o silêncio se quebra foi quando ouvi, jamais quero esquecer esse sublime momento, mais uma vez Ele me Chamou, me chamou pelo nome: Maria. Essa voz era a mesma, foi como se voltasse lá no tempo aquele dia que Ele me salvou, me chamou pelo nome, me tirou do meu sepulcro existencial e me ressuscitou com aquelas palavras sagrada, que ficaram cravadas na minha alma, não peques mais. Fui ao teu encontro e de Joelhos proclamei, Mestre Senhor, Adonai. Ele me olhou nos olhos, com aquele mesmo amor, o verdadeiro amor, e me pediu que eu não o tocasse, embora para mim já não era mais necessário pois Ele já estava em mim, tudo que sou era por causa de sua misericórdia, sua grandeza.

               Assim sai anunciando sua vitória, proclamando a todos os cantos que Ele vive, mesmo que muitos não acreditam, uma coisa tenho certeza jamais quero deixar de ouvir sua voz me chamado pelo nome, aprendi que todos os instantes é necessário escutar, pra que a chama do amor jamais se apague, e sempre proclamarei , não me cansarei pois Ele vive para sempre. Amém.

               Um fraterno abraço.

               Frei Joel Souza, fnpd

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