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13/06/2013
O SANTO AMADO PELO MUNDO
Santo Antônio se faz companheiro de caminhada no cotidiano da vida

O SANTO AMADO PELO MUNDO

Santo Antônio é o santo mais conhecido e amado no mundo. Milhões de peregrinos e devotos, do mundo todo, visitam todo ano sua Basílica em Pádua. Não há igreja no mundo que não possua um altar, uma pintura, uma estátua, um afresco, um nicho, dedicados a Santo Antônio. Não falemos das pequenas estátuas e dos santinhos presentes nas casas.

Numerosas associações no mundo nasceram e operam no nome de Santo Antônio, marcando sua presença acima de tudo caritativa. Há séculos , no mundo todo,milhões de pessoas mostram-se ligadas a Santo Antônio com uma devoção e um amor que não conhecem eclipses ou recessões.

Qual o motivo desta afeição, deste amor tão fortes, difundidos e espontâneos?Qual é o segredo desta afetuosa e fiducial confiança com o Santo? Quais as características deste especial relacionamento?

Os devotos conhecem Santo Antônio por aquilo que ele faz para eles. Desde sempre. Em modo especial a escuta cheia de confiança. Ele é o interlocutor dos pobres, que dialoga com quem tem a repartir alguma dor no corpo ou no espírito. Muitos não sabem nem onde ele nasceu, sua história, sua doutrina, mas sentem-no como protetor e benfeitor de sua vida.

Santo Antônio se faz companheiro de caminhada no cotidiano da vida. Não é somente um distribuidor de graças e de favores a quem recorrer na hora da necessidade. É o irmão maior, o amigo confidente, sempre presente e disponívelpara as pessoas com todos seus problemas, sejam eles grandes ou pequenos.

Os devotos pedem luz para sua própria existência. Pedem ajuda para quem se perdeu, consolo para quem sofre, socorro para quem é pobre e esquecido.

Eles  reconhecem-no e amam-no com o lírio (a pureza e transparência de vida), com o menino Jesus (sinal de amor tenro e disponível), o livro (a palavra de Deus).

Os devotos sentem Santo Antônio como o intercessor e benfeitor em nome de Deus.Santo Antônio é o rosto da bondade socorredora de Deus, que nele se revela e se torna realidade concreta e tangível. Santo Antônio é percebido também como omisericordioso e delicado chamamento à conversão e à penitência.

O amor se manifesta na devoção.

Além da oração pessoal a devoção a Santo Antônio manifestou-se ao longo do séculos em algumas  expressões específicas que duram até hoje e que descrevemos brevemente.

A mão sobre o túmulo.

O gesto mais característico que os romeiros fazem na Basílica antoniana.

Alem de mostrar a necessidade de um contato concreto com o Santo, este é um gesto de confiança e de entrega, junto com a oração silenciosa do coração.

O que focaliza a atenção sobre o Santo não é uma estátua ou uma imagem, que também não faltam, mas seu próprio túmulo.

A trezena

Com esta palavra entendem-se sobre tudo os treze dias de preparação para a festade Santo Antônio que se celebra dia 13 de junho. A trezena repete-se ainda hoje na Basílica e em outros santuários antonianos ou igrejas franciscanas, como também em tantas famílias.

Mas com a mesma palavra  é indicada também uma oração articulada em treze pontos, que mostra como invocação os aspectos mais significativos da vida e da santidade de Antônio, intercalando-os com as orações mais comuns da piedade cristã.

O TRÂNSITO

Celebrado em outros tempos com muitas e variadas orações  e cantos, o trânsito continua sendo uma celebração sugestiva. Relembra os últimos momentos de vida terrena de Santo Antônio: sentindo próxima a morte, quis ser transportado, numa charrete puxada por bois, de Camposampiero a Pádua, onde desejava morrer. Chegado em Arcella teve que parar e aí morreu serenamente, com o consolo da visão de Jesus.

A morte aconteceu numa sexta feira, dia 13 de junho 1231, ao anoitecer. Por isso os frades da Basílica toda sexta feira com uma simples e tocante celebração, evocam o momento do trânsito.

O “ Si quaeris”

São as primeiras palavras em latim (se você busca) com as quais começa a oração mais conhecida em louvor de Santo Antônio, procurada por tantos devotos que chegam ao Santo e que pode ser encontrada  em muitos opúsculos ou livrinhos de orações. Foi musicalizado por compositores famosos da Capela Musical do Santo. O texto é atribuído a Frei Julião da Spira que o teria composto no ano de 1235, como responsório ao Ofício rítmico (hoje denominado Liturgia das Horas) para a festa de Santo Antônio. É denominado “responsório” ( do latim respondère, responder), pois a um solista que proclama ou canta o texto, responde o coro com expressões iguais ou de análogo conteúdo.

Entrega dos meninos.

Santo Antônio teve uma singular predileção para as crianças. Entre os milagres por ele feitos quando ainda em vida, mais do que um é para eles.

Por isso criou-se a tradição de colocar as crianças, desde o nascimento, sob a proteção do Santo.

A este costume está ligado aquele de vestir as crianças com o pequeno hábito franciscano para agradecer o santo pela proteção recebida e  fazê-la conhecer aos outros.

Benção dos objetos.

Na Capela das bençãos, os fieis gostam de pedir a benção para objetos pessoais.

Para além dos inevitáveis exageros, não podemos deixar de valorizar a necessidade de materialidade  ligada à religiosidade popular e as sofridas experiências que levam os fieis a pedir  estes benzimentos. Muitas vezes são objetos religiosos que são levados para casa como lembrança duradoura e visível  do encontro abençoado que teve lugar na Basílica; ou para dar de presente aos amigos e parentes para fazê-los participar da proteção do Santo. Outras vezes são fotos de familiares dramaticamente colhidos por doenças ou de vida desregrada; ou de  indumentaria, comida ou bebida a ser entregue a quem luta entre a vida e a morte.

As motivações que acompanham este humildes gestos de invocação não são reveladas por completo nem ao sacerdote. Certamente o valor da fé é por demais vivo e premente e faz não se preocupar das numerosas formas de superficialidade e repetitividade.

O pão de Santo Antônio.

Em algumas igrejas franciscanas ou  ligadas peculiarmente a Santo Antônio, no dia da festa (13 de junho) costuma-se benzer pequenos pães, que são distribuídos aos fieis e consumidos por devoção. Em alguns lugares são os próprios fieis ou algum deles que tomam a iniciativa.

Tal devoção tem origem, sem dúvida, da iniciativa do “pão dos pobres” que em tempos idos era muito viva nas igrejas. Também hoje, perto da Basílica opera a Caritas antoniana e o Pão  de Santo Antônio, duas organizações humanitárias que realizam em formas mais atualizadas a ajuda material aos necessitados.

O acentuado e complexo fenômeno da caridade, que faz referência ao Santuário, depende, com certeza, da generosidade do peregrinos para com os pobres. Mas quanto eles fazem é a continuação da gratidão ao santo, tão pródigo em conselhos, ajuda e graças. Podemos lembrar o lindo episódio daquela jovem mãe que por causa de um milagre do santo que sarou seu filho, decidiu ofertar ao convento por um tempo, o pão correspondente ao peso do menino, para que fosse doado às mães pobres.

As mensagens-súplicas a Santo Antônio.

Muitíssimos devotos escrevem a Santo  Antônio. “Quando você vai ao túmulo de Santo Antônio você deve ter muitas coisas a dizer. Não consegue falar tudo pois aí também falta o tempo. Há muitas pessoas que como você tem muitas coisas para lhe dizer. Você gostaria deixar aí algo teu. Que ficasse aí no teu lugar. Para ser lembrado. Para prolongar  um diálogo que o tempo, a pressa interrompem cedo demais”.

É uma das coisas deixadas pelos devotos por escrito, uma oração, uma súplica uma mensagem, dirigidas a Santo Antônio. São mensagens que indicam uma confiança  muito grande, espontânea, que não conhece limites de língua o de país.

Na entrada da Basílica os devotos encontram um cartão postal, que podem preencher para entregar a Santo Antônio o que mais desejam. Uma vez preenchido, eles deixam-no aos pés do túmulo de Santo Antônio. É um sinal extremamente pessoal, que fica aí junto de Santo Antônio para guardar e prolongar os pensamentos dos devotos, que levam para casa depois de tê-los partilhados e confiados.

Pode-se levar um cartão também para quem não conseguiu chegar até a Basílica, em modo especial se doente e sozinho. Como também é possível escrever uma oração a Santo Antônio através do nosso site feito para isso.

 

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