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02/05/2016
Angelus Papa Francisco
Deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5,20)

De facto, quando pecamos, pensamos que Deus se afasta de nós, mas, na verdade, somos nós que Lhe “viramos as costas”, pois rejeitamos o seu amor, ficamos fechados em nós mesmos, iludidos por uma falsa promessa de mais liberdade e autonomia – afirmou o Papa.

Porém, Jesus, o Bom Pastor, não se cansa de ir atrás da ovelha perdida, oferecendo-nos a reconciliação com Deus: ao dar-nos a sua vida, Ele nos reconciliou com o Pai – declarou Francisco que exortou os cristãos a deixarem-se reconciliar com Deus:

“«Deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5,20): é o grito que o Apóstolo Paulo dirige aos primeiros cristãos de Corinto, hoje com a mesma força e convicção vale para todos nós.”

“Este Jubileu da Misericórdia é um tempo de reconciliação para todos” – afirmou o Santo Padre que recordou o papel do confessor na celebração do sacramento da reconciliação, observando que este deve ser um pai ao acolher as pessoas que o procuram, não transformando esse momento numa tortura ou num interrogatório, mas num caminho de reconciliação.

“Fazer experiência da reconciliação com Deus permite descobrir a necessidade de outras formas de reconcliiação: nas famílias, nas relações interpessoais, nas comunidades eclesiais, como também nas relações sociais e internacionais” – afirmou o Papa no final da sua catequese.

Nesta audiência jubilar o Papa Francisco pronunciou uma mensagem especial para os largos milhares de militares e polícias de todo o mundo, presentes no Vaticano com as suas famílias, para momentos a eles dedicados neste Jubileu da Misericórdia:

“Com alegria dou as boas-vindas aos representantes das forças armadas e das polícias, provenientes de tantas partes do mundo, vindos  em peregrinação a Roma por ocasião do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. As forças da ordem – militares e polícia – têm por missão garantir um ambiente seguro, por forma a que cada cidadão possa viver em paz e serenidade. Nas vossas famílias, nos vários âmbitos em que operais, sede instrumentos de reconciliação, construtores de pontes e semeadores de paz. Sede, com efeito, chamados não só a prevenir, gerir, ou pôr fim aos conflitos, mas também a contribuir para a construção de uma ordem fundada na verdade, na justiça, no amor e na liberdade, segundo a definição de paz de S. João XXIII na Encíclica Pacem in Terris.”

“A afirmação da paz não é empresa fácil, sobretudo por causa da guerra, que torna áridos os corações e junta violência e ódio. Exorto-vos a não desencorajar-vos. Prossigam o vosso caminho de fé e abri os vossos corações a Deus Pai misericordioso que não se cansa nunca de perdoar-nos. Perante os desafios de cada dia, fazei resplandecer a esperança cristã, que é certeza da vitória do amor sobre o ódio e da paz sobre a guerra.”

O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:

“Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! Saúdo-vos como membros desta família que é a Igreja, pedindo-vos que renoveis o vosso compromisso para que as vossas comunidades sejam lugares sempre mais acolhedores, onde se faz experiência da misericórdia e do perdão de Deus. Que Nossa Senhora proteja a cada um de vós, e o Senhor vos abençoe a todos!”

O Papa Francisco a todos deu a sua benção!

(RS)

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